Lei no RJ passa a reconhecer casamentos religiosos de matrizes africanas e garante efeitos civis

  • 16/12/2025
(Foto: Reprodução)
Casamento na umbanda Reprodução/Maurício Pingo O governador Cláudio Castro (PL) sancionou a lei que legitima casamentos celebrados em religiões de matrizes africanas no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (15). A lei foi autoria do deputado estadual Átila Nunes (PSD) e o reconhecimento tem natureza religiosa, social e cultural. A norma reconhece como autoridade religiosa habilitada os sacerdotes ou sacerdotisas, babalorixás, ialorixás, pais e mães de santo, chefes de terreiro ou outras lideranças espirituais tradicionalmente reconhecidas pelas comunidades de Umbanda e de Candomblé, com atuação notória em casas ou espaços religiosos. A declaração de celebração religiosa, para ter direito ao posterior efeito civil, deverá ser lavrada por autoridade religiosa da Umbanda ou do Candomblé, contendo obrigatoriamente: nome completo; número de documento de identidade; CPF; endereço dos noivos; data, local e hora da cerimônia religiosa; nome completo e identificação da autoridade religiosa celebrante; identificação do templo, terreiro ou casa religiosa em que ocorreu o rito matrimonial; além das assinaturas da autoridade religiosa e de, pelo menos, duas testemunhas da comunidade. Veja os vídeos que estão em alta no g1 A declaração poderá ser encaminhada ao Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais competente, acompanhada dos outros documentos exigidos pela legislação federal. A medida visa a garantir a liberdade religiosa, a dignidade da pessoa humana, a liberdade de associação, a igualdade, e a proteção à diversidade cultural. Átila afirmou que o Estado do Rio é o primeiro da federação a aprovar uma norma que garante efeitos civis aos casamentos na Umbanda e Candomblé. Casamento na umbanda Arquivo pessoal "O fato, inédito no Brasil, tem imenso significado para o fortalecimento e o reconhecimento das religiões de matriz africana. Isso seria impensável no passado. Nāo tenho a menor dúvida de que esta lei será copiada em todo o Brasil. É um novo marco na história das religiões afro brasileiras que hoje, ocupam a terceira posição no Brasil", afirma o deputado. Vetos O governador Cláudio Castro vetou o artigo que previa que as serventias extrajudiciais não poderiam recusar discriminatoriamente o recebimento ou processamento de documentos dessas celebrações matrimoniais religiosas, sob pena de responsabilização nos termos da legislação vigente. O dispositivo estabelecia que as infrações seriam apuradas pela Corregedoria-Geral de Justiça ou pelo Poder Judiciário. Segundo Castro, o texto viola os limites da competência atribuída ao Estado, sendo que cabe privativamente à União legislar sobre Registros Públicos. Foi vetado também o artigo prevendo que os Poderes Executivo e Judiciário, por meio dos órgãos responsáveis pelas políticas de direitos humanos, poderiam promover campanhas educativas e informativas; capacitar agentes públicos e notariais quanto à diversidade religiosa; e apoiar ações de valorização das expressões culturais, simbólicas e religiosas da Umbanda e do Candomblé. De acordo com Castro, o trecho contraria o Princípio da Separação dos Poderes ao pretender definir políticas públicas com a exigência de ações e medidas concretas a serem implementadas pelo Poder Executivo. Casamento na umbanda Arquivo pessoal

FONTE: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/12/16/lei-no-rj-passa-a-reconhecer-casamentos-religiosos-de-matrizes-africanas.ghtml


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